Quando foi lançada, em 2011, a plataforma Arq.Futuro tinha o objetivo de reunir arquitetos de várias nações para trocar experiências e discutir os rumos da arquitetura contemporânea. Com o passar do tempo, o foco acabou sendo ampliado para um olhar sobre as cidades – não apenas a paisagem construída, mas também as relações que as criam e as possibilidades de transformação que elas contêm.
Nos últimos anos, a articulação promovida entre pesquisadores acadêmicos, gestores públicos, organizações da sociedade civil e lideranças comunitárias deu origem a uma série de iniciativas, como o programa Cidades e Cidadania, com a atuação do Arq.Futuro em ações educativas. Em 2019, numa parceria com o Insper, a plataforma criou o Laboratório Arq.Futuro de Cidades, dedicado ao ensino e à pesquisa sobre o meio urbano.
O programa Cidades e Cidadania é hoje reconhecido como importante referência em educação, articulação e consultoria no âmbito da gestão urbana.
saiba mais em arqfuturo.com.brO Instituto BEĨ é uma das organizações que deram início, em 2020, ao Pacto pelas Cidades Justas, programa que propõe uma articulação entre a sociedade civil, a iniciativa privada e o poder público para criar e implementar projetos de desenvolvimento e intervenções urbanísticas em territórios vulneráveis.
Seu modelo de governança integra a larga experiência das entidades do terceiro setor, que já atuam em comunidades socialmente vulneráveis, com a atuação das secretarias municipais. A articulação com as prefeituras garante a centralização das ações, a integração multissetorial das políticas públicas, sua convergência nos territórios selecionados e a continuidade do programa.
Quando a pandemia causada pela Covid-19 atingiu o Brasil, uma rede de suporte foi prontamente mobilizada para atender às necessidades emergenciais das pessoas mais seriamente afetadas.
A proximidade do Instituto BEĨ com lideranças comunitárias levou à criação de um grupo sinérgico e integrado que identificou as demandas prioritárias, os pontos de referência para o recebimento de doações e os parceiros institucionais que pudessem contribuir com recursos, mão de obra e conhecimento. Desse grupo articulado nasceu o Núcleo de Mulheres e Territórios do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper.
Iniciadas em março de 2020, as ações ocorreram ao longo daquele ano, atendendo populações de regiões vulneráveis das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, além de aldeias xinguanas, no Mato Grosso. Entre as várias iniciativas destaca-se a reinserção produtiva, que consistiu na capacitação de costureiras de diversas comunidades para produzir máscaras de tecido, doadas à população mais vulnerável. Foram distribuídos também itens de alimentação, higiene e vestuário. Outras atividades incluíram ações de educação, informação e lazer. Essas iniciativas do Instituto BEĨ tornaram-se referência nacional, sendo encampadas por outras instituições privadas e pelo poder público.
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