Segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a Educação Financeira é o processo pelo qual os cidadãos melhoram sua compreensão sobre produtos e conceitos financeiros e adquirem as habilidades e a confiança necessárias para se tornarem mais conscientes dos riscos na hora da tomada de decisões. Trata-se, portanto, de um conhecimento indispensável para o jovem, favorecendo sua formação e preparando-o para enfrentar os desafios da vida adulta.
Apesar de sua indiscutível importância, a Educação Financeira ainda é bastante precária em todo o mundo. Um estudo realizado em 2016, pela Standard & Poor’s, em parceria com o Banco Mundial, apontou que apenas cerca de 55% da população adulta de nações desenvolvidas pode ser considerada “alfabetizada financeiramente”.
No ranking criado pela instituição, o Brasil está na 74a posição entre 144 países, com 40% da população adulta dominando conceitos financeiros elementares. Outras avaliações internacionais padronizadas, como o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA), reforçam o quadro desfavorável: entre 20 nações cujas competências financeiras foram analisadas no relatório de 2018, o Brasil ficou em 17º lugar.
Em resposta a essa realidade, no ano de 2019, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incluiu a Educação Financeira entre os assuntos que devem constar nos currículos de todo o País. No entanto, ainda é longo o caminho a ser percorrido até a efetiva introdução do tema nas instituições de ensino, uma vez que ele pressupõe não apenas a formação continuada dos professores como também a transformação da própria cultura escolar.
O Programa, elaborado pela BEĨ Editora, tem como objetivo levar a Educação Financeira, ancorada na disciplina de matemática, a estudantes das redes de ensino básica. O Programa propõe que o professor implemente o conteúdo através de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, visando estimular os estudantes a aprender de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. Ele é composto de dois livros – o do Estudante e do Educador –, e prevê formações continuadas e monitoramento articulado com as secretarias de Educação.
O programa começou a ser implementado pelo Instituto BEI em 2019, em Pernambuco – lá sendo mantido até 2021 –, e no ano de 2018, no estado de Goiás, onde o Instituto BEĨ conduz, desde então, uma avaliação de impacto, com o objetivo de medir os resultados alcançados.
Fontes: Standard & Poor’s e Banco Mundial, 2016; Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), 2018
O Prêmio BEĨ de Educação Financeira visa identificar, valorizar e divulgar professores de escolas públicas de todo o Brasil que estimulam a temática em sala de aula.